quarta-feira, 26 de março de 2014

         
                                     A CAVERNA DE SÃO THOMÉ DAS LETRAS - MG





       Essa experiência foi surpreendente por todas as sensações que despertou.  Guardei, durante muito tempo, a curiosidade de saber porque as pessoas fazem alguns esportes radicais ou mesmo o Caminho de Santiago (onde descrevem as agruras de uma caminhada longa e difícil).  Será que é preciso ir tão longe (e passar por sofrimentos) para entender melhor os próprios sentimentos?  Por que é tão difícil "desvendar" o próprio interior?  
       O que me levou a conhecer São Thomé das Letras foi a curiosidade pela localização e a energia que o lugar emana, o que me foi proporcionado pela minha filha maravilhosa - uma espécie de fada-madrinha que passa muito tempo imaginando um jeito de me dar alegria.   Embora os programas de televisão não mostrem (e nem poderiam) a grandeza de determinados lugares, num único programa consegui "sentir" que deveria ir até lá.   A cidade é pequena mas muito especial; as pedras - que só existem lá - são lindas, coloridas e cobrem as ruas e as paredes das casas.  Imagens de fadas, magos e duendes estão por todos os lados. Nessa foto uma estátua do Mago Merlin - ou do Eremita do Tarô de Waite.
        
       Decidimos conhecer as cachoeiras e contratamos um guia.  O primeiro passeio foi até a Caverna.  Até então, eu carregava comigo uma fobia de lugares fechados e evitava, quando possível, os elevadores...   Mas a natureza sempre fascina aqueles que se permitem perceber a grandeza da Criação Divina.  Na chegada ao local da Caverna, uma descida íngreme que culmina na entrada estreita e escura, embora um filete de água cristalina deslizando entre as pedras sinalize a existência de vida e beleza. 

       Uma pequena lanterna na cabeça e os pés descalços, câmera fotográfica e um desejo enorme de seguir em frente.  À medida em que avançávamos, o pequeno córrego aumentava de volume e nos permitia ver as pedras cujas cores vão de um marrom-terra até alguns filetes dourados no teto.  Num determinado ponto, o guia nos pede para apagarmos as lanternas e ficarmos no escuro - no meio da caverna, os pés na água, o silêncio e a escuridão...    Não deu tempo de imaginar como seria ficar a sós no escuro, apesar de existirem apenas duas direções - para a frente e para trás - a única coisa de que me recordo foi a imensa gratidão que senti por experimentar algo tão simples e ao mesmo tempo tão grandioso!

O sentimento mais forte foi a saída do útero materno - um renascer - quando se pode contar apenas consigo e saber que é preciso seguir em frente, embora o véu do esquecimento tenha "escondido" o real propósito dessa aventura que se chama Vida!

E, na saída da Gruta, um espetáculo como recompensa: outro córrego que vinha juntar-se ao que passa no interior da caverna, a vegetação e o sol...!
   Fiquei me perguntando onde estaria a fobia de lugares fechados...  
   Acredito que o nosso interior é mais belo e mais rico do que todas as cavernas do planeta, porque guarda todas as respostas que porventura possamos buscar;  toda a Energia de que necessitamos e, principalmente, a nossa Essência Divina, a Presença EU SOU que nos guia e orienta, quando permitimos!    Mais uma vez percebi  que a Mãe Natureza é uma Biblioteca Viva que nos mostra o equilíbrio e a harmonia para uma Vida plena, para o cumprimento de nossa missão divina!     As pedras de São Thomé das Letras representam a economia daquela região mas, o que os torna realmente ricos são as belezas naturais que ainda conseguem preservar.



Segundo o Bem-Amado Mestre Saint Germain "Onde estiver a vossa Consciência, alí estareis"!
Gratidão imensa ao marido - parceiro nas minhas "indiadas" - minha filha mais amada do mundo e ao meu genro que eu pedi a Deus!

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